O tempo passa…

Vou me fazendo em árvore
E talvez mereça o vento e a chuva ...

Quantas vezes fui me convertendo
em outras coisas ...
Estive em outras metades, atravessei a solidão do Um
para ser a semente do eu mesmo...

El tiempo pasa…

Voy me haciendo árbol

Y quizás merezca el viento y la lluvia…

Cuántas veces me he ido convirtiendo

en otras cosas...

Estuve en otras mitades, atravesé la soledad del Uno

para ser la semilla del yo mismo

(Adilson Shiva)

Reflexos...

Fechas os olhos para me esquecer
Mas eu nasci por trás de tuas pupilas ...

Cobres tua pele para evitar-me
Mas sou uma tatuagem, tua eterna cicatriz ...

Como distanciar minha silhueta da ponta do teu lápis
Se existo em teus escritos em cada verso,

Reflexos de alguem que em ti se perdeu...

Reflejos...

Cierras los ojos para olvidarme,

Pero nací por detrás de tus pupilas…

Cubres tu piel para alejarme,

Pero soy un tatuaje, tu eterna cicatriz…

Cómo alejar mi silueta de la punta de tu lápiz

Si existo en tus escritos en cada verso,

Reflejos de alguien que en ti se perdió…

Adilson Shiva

Tempo, tempo, tempo...

O silêncio é um ruído branco
De palavras que se perderam de sua boca ...
Um pouco de inocência e melancolia.
O tempo de um abraço esperado ...

Tiempo, tiempo, tiempo…

El silencio es un ruido blanco

De palabras que se perdieron de su boca…

Un poco de inocencia y melancolía.

El tiempo de un abrazo esperado…

(Adilson Shiva)

Despertares...

Acordo chamando pelo teu nome.

Sonhei que visitava o teu refúgio e recitava

aquele nosso poema perdido em teus lábios ...

Me desperto sentindo saudades.

Ninguém nem nada me rodeia, olho o teu retrato

para que a tristeza seja menos triste.

Despertares...

Me despierto llamando por nombre.

Soñé que visitaba tu refugio y recitaba

Aquel nuestro poema perdido en tus labios…

Me despierto te añorando.

Nadie ni nada me rodea, miro tu retrato

para que la tristeza sea menos triste.

(Adilson Shiva)