A interpretação nem sempre faz com que o sintoma desapareça. Existe algo de natureza distinta do significante: gozo.
O gozo participa da estruturação do sintoma, tanto quanto da
metáfora significante que surge do discurso do Outro.
A opacidade do gozo no lugar da verdade obstaculiza o saber,
há uma fuga de sentido, onde a interpretação já não tem efeito algum.
Isso levou Freud a pensar para além do princípio do prazer, a
repetição, a pulsão de morte e os restos sintomáticos.
O fracasso do inconsciente é o amor, amor pelo sintoma.
Uma análise não leva ninguém à cura, mas a encontrar "um
novo amor", novo amor pelo sintoma, é isso o que quer dizer um saber
fazer-aí com seu sintoma.
Há um significante essencial que falta no Outro, tornando-o
incompleto, que se escreve: S(A)
- S de A barrado - Um significante que falta ao Outro. É com isso que cada um
tem que se arranjar. O resto é delírio.