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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Assim...

Tão somente mulher,
Exploro teus abismos e altura,
Pois foi o escuro quem te trouxe;
Tudo é mera intuição

És enigma e escultura,
Sem pudor e tentação.
Eu, caçador à espreita
Em momentos de aflição

Com licença (...)
...reticências
Nem tudo é proibição!

Em pensamentos me esqueço:
Vou e venho, me trago,
Viro e reviro teu avesso
E de ti me embriago

(©By Adilson S. Silva)

Mais ainda...

Ando pensando
Naquele olhar profundo
E seu impenetrável mistério
Feito o silêncio de uma breve oração.

Ainda...
No brotar dos sentidos
E na lucidez que faça surgir
Um sentido pra vida,
Que justifique a existência
Do crente já meio descrente
Ou naqueles que esperam o céu.

Mais ainda...
Na dimensão do impossível,
Na estranha presença dos que já se foram,
Nas almas cansadas de guerra,
Porque as almas também se cansam,
Habitam exiladas o sentimento de um adeus,
Numa razoável felicidade de uma paz que não se alcança.

(©By Adilson S. Silva)

Na quietude da noite...

Meia luz, quase penumbra
E tua dança movimenta a quietude da noite.

Detenho-me por um instante até onde meus olhos vêem,
A chama, quase incêndio a saltar-te do ventre.

Numa vertigem, teu vôo dançante
Desata o ultimo nó do teu véu.

Abraço a noite e teu fogo ardente
A lumiar a noite escura mais eu,
Meia luz, penumbra, semblante
E tua dança na quietude da noite...

(©By Adilson S. Silva)

Segredos

No alto, a lua compartilha comigo
Os segredos das marés...
E a inútil verdade das coisas.

(©By Adilson S. Silva)

O céu é vasto e a noite longa!


Gosto do ar da noite, cheio de silêncios,
E nessa mansidão detenho meus olhos
A admirar a lua na sua longa solidão e,
O nascimento de novas estrelas:
Dessas que caem,
Buscando novo destino.
Um pensamento me ocorre,
Brincadeiras de meninos,
Fazendo pedidos às estrelas cadentes.
Eu já não peço nada, nada,
Mantenho meus olhos pausados
As estrelas já andam ocupadas,
Ocupadas por demais tentando
Chegar a seu demorado destino,
Ou talvez nunca cheguem...
Vai se saber,
Mistérios, enigmas... pura divagação:

O céu é vasto e a noite longa!

(©By Adilson S. Silva)

Corsário navegante

Viajo pelo tempo,
Escapo na sombra fugaz.
Não há guia nem papel,
O destino,a vida faz,

Sou um corsário navegante
Do espaço sideral
Vim a esse mundo errante
Pela aurora boreal
Inverti as ondas dos rios
Chovi onde era estio
E do inverno fiz verão

E, por um instante
Tudo foi sobrenatural

(©By Adilson S. Silva)