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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Partir


 Série: poemas perdidos II

Algumas vezes te pensei comigo
E te beijei como se fosse a última...
E mesmo que saibas, digo:
Partir é um verbo duro ...

Mas, mordo a maçã que me ofereces e sigo...
Morro num poema e ressuscito em outros,
Perdidos nessas páginas amarelas do tempo...
Um mundo fora do teu, onde já não me encontras...

(©By Adilson S. Silva)

Travessias...

Ama-me, como um poema noturno.
É que teus olhos desconhecem o meu passado,

Cheio de céus e de oceanos e
De desertos que atravessei...

Só o vento me fez dançar...
Apagando meus passos na areia...
Num giro e uma dança no escuro,
Fiz-me destino oculto nas estrelas.

Diz-me o teu sorriso inocente e puro:
o passado já passou...

(©By Adilson S. Silva)

Sobre o amor - mais ainda

O amor é livre como o vento,
Calmaria ou loucura...
Viaja nas asas de um sonho e,
Adormece em pensamentos...


Às vezes não sabe por onde anda,
Numa viagem longa, sem descanso,
Mas é o nada que o chama...

E no entanto,
não sabe se regressa ou fica.

(©By Adilson S. Silva)

Desenredos...

Não é verdade que a flor não orvalhasse,
Por vezes até chorasse, mas de prazer...
Com poesia nos olhos...

Já ia noite adentro, não que fosse tarde,
Pois o tempo pára quando a rosa se abre
E no silêncio da noite, só silêncios...

Como se dissesse sim e não,
Onde eu, o vento, a misturar teu pólen,
Atordoado, um pouco perdido...

Como se não fosse verdade,
Que a rosa dos ventos acordasse molhada...

(©By Adilson S. Silva)
Foto: Todos os Caminhos 

http://www.youtube.com/watch?v=_I17I6mRgec

Todos os Caminhos, 
Minha raiz, sementes de carvalho,
Sementeira, serpenteia
Todos os caminhos que andei...

Meus sonhos, lugar do pensamento
E desejos, searas loucas em movimento,
Do meu céu tocando a terra...
O amor, os caminhos e eu...

A noite vai sem lua...
Escura, marcas de todas as ausências,
Vidas mortas num retrato ou,
Cicatriz funda da memória.

Lenda perdida, mistério a desvendar...
Deixa-me sonhar, à procura 
Da inútil verdade do nada

Pois,
Todos os caminhos dão no mesmo lugar

(©By Adilson S. Silva)
http://www.youtube.com/watch?v=_I17I6mRgec

Todos os Caminhos,
Minha raiz, sementes de carvalho,
Sementeira, serpenteia
Todos os caminhos que andei...

Meus sonhos, lugar do pensamento
E desejos, searas loucas em movimento,
Do meu céu tocando a terra...
O amor, os caminhos e eu...

A noite vai sem lua...
Escura, marcas de todas as ausências,
Vidas mortas num retrato ou,
Cicatriz funda da memória.

Lenda perdida, mistério a desvendar...
Deixa-me sonhar, à procura
Da inútil verdade do nada

Pois,
Todos os caminhos dão no mesmo lugar

(©By Adilson S. Silva)

Risos e Rostos

Sem mais motivos, escrevo versos...
De repente poema e eu nos fundimos no mesmo ar,
Povoando o mesmo céu, para tocar-te,
Ainda que ignores...


Entre o sono e vigília sonhei-te,
Inventei outras maneiras de supor uma noite inteira
Em que não fosses apenas um corpo entre meus dedos...
Minhas palavras cheias de ar silenciaram-se.

A distância é um perigo para um coração sem lembranças,
Mas, agora é tarde... Para um poema de silêncios,
Onde restam uma promessa desfeita
E uma cama vazia... De risos e rostos...

(©By Adilson S. Silva)