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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Daquilo que sei...

Minhas lembranças habitam uma ilha,
Meus sonhos, terra firme.
O que resta de mim cai em letras,
Transformadas em versos, existindo na poesia...


As minhas paisagens são de estranhamento e espanto,
Cheias de mar e de tempo, de sopro de vida e de vento...
E da complexidade que transita entre o doce e o amargo,
Criando o novo, onde nada existia...

Meus devaneios me devolvem ao mundo...
E penso no nada do tempo, recorredo-me às tuas palavras,
Pois o coração não reconhece distâncias,
Se o que nos separa é apenas “água”.

(©By Adilson S. Silva)

Kairós...


Num segundo, escapo pela noite.
Meus andares são sem paradeiro,
Até algum porto que acolha
Meus barcos de papel, ou algum abismo,
Que não suporte ser atravessado...

Velejo por todas as palavras de amor
Que tua voz ainda não me fez ouvir.
É possível perceber por um instante a inteireza
Profunda e subjacente que informa a nossa existência...

Sem atravessar os limites das paredes desse quarto,
Retorno de algum lugar da noite...

(©By Adilson S. Silva)