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domingo, 24 de abril de 2011

Ritornelos sem fim

Habitam-me versos mais tristes esta noite
E posso escrevê-los sob a égide
De uma nostalgia do que foi
Ou talvez nunca tenha sido.
O amor é tão curto!
É tudo ou quase nada...
Hoje olhava o tempo
A noite e a luz da lua
Como pássaro adormecido,
Cansado, envelhecido
Por essas mesmas dores do tempo
Ouço na imensidão da noite
Vozes de partida
De uma desventura causada
Por uma tênue ferida...
Espinhos de uma rosa bela
Vozes em versos , cantiga
Trafegam , chegam a mim
Em ritornelos sem fim

5 comentários:

  1. "O amor é tão curto,
    é tudo ou quase nada"

    O amor é tudo, mas no tempo sequer percebemos as horas somatizadas, a vivê-las quão o vento que passa acelerado, na sua pressa irremediável...

    Até que chegamos ao fim, o amor que não se acaba, segue embora sem dar o direito de segui-lo,
    tudo foi tão rápido que as horas já passadas, pareceram terem sido cortadas...
    E nos jogamos as lembranças, como águas flamejantes que emergem de nossas profundezas mais íntimas assemelhadas em ondas como as do oceano...

    Instantes que logo passam, até a proxima revirada, nos instantes de nossa solidão quando a saudade bate a porta para mais uma prosa assuntos que nos provoca sofreguidão...

    Belíssimo teu poema Adilson, sempre muito sensitivo a fazer levantar o que temos guardado nas catacumbas do sentimento...

    Feliz semana pra ti

    Abc

    Livinha

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  2. Adilson, " espinhos de uma rosa bela"... a poesia nos permite voos e vivenciar emoções que cabem da linguagem da razão.
    Belo!Abraços, jorge

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  3. Uma mistura nostálgica de saudade com solidão. Ui! Não quero sentir essa dor, pois ela me emociona demais e poderei chorar. Beijos

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  4. Quanta ternura que as lembranças nos trazem quando nos invadem assim - em belos versos como estes.
    Abraços

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  5. Obrigado, vcs mantêm com esse carinho ...minha inspeiração ... abçs

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