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domingo, 31 de julho de 2011

Paralelas II


Paralelas II

Mareou o oceano
Em ondas paralelas...
Barcos que se perdem
Nessas rotas, caminhos
Não deixam marcas...
Só noites e luas
Enquanto estamos mais sozinhos

Distâncias...
Barcos em velas estendidas,
Horizontes sem fim,
Navegam paralelas percorridas
Que se transformam em rotas perdidas
Navegando em círculos,
Nos destinos se desencontram,
De círculo em círculo nos perdemos
Nos redemoinhos,
Rotas paralelas, sem nos encontrar
E, por esses caminhos
Por mais que tentemos
Voltamos sempre ao mesmo lugar

Mareou o oceano
Em ondas paralelas...
Barcos que se perdem
Nessas rotas, caminhos...
(©by Adilson S. Silva)

Poeticamente

Descansa teus olhos,
O teu buscar,
Poeticamente
Enamorados...
Demora-te nas coisas...
No abraço e no abraçar,
No beijo e no beijar...
Poeticamente ...

Poeticamente habita
Sonhos e o sonhar
Tudo o que excita
E faz desejar...
A escrita,
A vida,
A paixão e,
O versar...


E os meus olhos
continuam  a olhar-te
poeticamente
(@By Adilson S. Silva)

domingo, 24 de julho de 2011

Talvez ...

Talvez ...

Talvez haja um outro tempo,
Um outro mundo,
Uma dimensão que nos acolha
Que escreva a cada instante nossa história
Num novo livro, uma nova folha...
Que esse encontro
Mesmo sem durar mais que um segundo
Seja completo e eterno na memória,
 Que não reprima e não tolha
O sentimento claro e profundo
A tudo que o destino nos escolha

Que exista amor enquanto exista crença
Que a dor da separação nos seja sempre breve
E a saudade que nos é sempre intensa
Um dia se realize doce, leve
Nesse encontro
Como doce recompensa

Talvez haja um outro tempo...
(©By Adilson S. Silva)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sim e não...

Já não é tarde nem cedo,
Que seja já ou agora,
Não ha coragem nem medo.
Repicam sinos
Batem horas...
Eis o momento...
É a morte e seu enredo
Na perna do vento...
O amor foi embora
Sem eira nem beira
De qualquer jeito
De qualquer modo,
Como uma bomba,um clarão
Disse adeus , não até logo
Numa grande explosão...

Era o vento , era o sopro
Um flash, uma foto
Era o sim , era o não ...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Saudade ...

Uma saudade vadia,
Visita minh’alma,
Rouba-me a alegria,
Salta-me aos olhos;
Brinca com a tristeza
Molha o meu olhar,
Aperta o coração,
e mata as flores,
Que um dia ,
Desabrocharam
...em mim... e,
Vai embora...

Como será quando
Eu te reencontrar?
(©by Adilson S. Silva)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A noite...

A noite...
O homem é essa noite,
Esse singular vazio,
Esse nada que tudo contém...
Infinitas representações,
Imagens noturnas,
Nenhuma realmente presente...
Nenhuma chega à realidade do espírito
É a noite...
Pura interioridade, intimidade
É o “eu puro” que se apresenta...
Nessa fantasmagoria está a noite
Aparições brancas
Que abruptamente desaparecem
Essa é a noite do olhar dos homens,
É a noite do mundo
Que comparece diante de nós...

(@by Adilson S. Silva)

terça-feira, 12 de julho de 2011

À flor da pele

À  flor da pele
Saudades do que não foi,
Poesia misturada com coisas,
Lembranças do que não vivi...
Vagas vazias molham meu rosto,
Pelas tardes
Que tarde se foram,
Trazendo um gosto
Que não senti.
O sol morreu atrás dos montes,
A lua ainda não surgiu,
O vento, o acoite
À Flor da pele
Fere, marca...
Essa é mais uma noite
Desde que você partiu...

E, aqui...
À flor da pele
Coisas e poesia

(©by Adilson S. Silva)

Velas brancas...

Esse poema é sempre recorrente , resolvi reeditá-lo

Velas brancas...
Entre lembranças
Dos beirais,
Coisas que deixei pra trás...
Entre o silencio
Do coração a pulsar,
Pensamentos banais...
Com o mar nos olhos,
Icei velas, deixei o cais,
Por entre ventos a soprar...
Mares do sul
Mares do norte
Ou de qualquer lugar
Sigo sangrando
Esse mar de coisas
Que avança sobre mim...
Coração miúdo,
Cidade sumindo,
Velas brancas
Partindo...

Eu me lembro...
(©by Adilson S. Silva)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Traze-me a boa nova ...

Traze-me a boa nova
No gesto,na palavra , no sorriso
Do retiro , desses teus anos de ausência
Desse voluntário exílio.
Traze-me a boa nova
anuncia tua insurgência
contra o tempo acordado que ja passou
Mesmo palavras sonolentas
Tenho ouvidos para ouvir

Traze-me a boa nova ...
(@ by Adilson S. Silva)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mal me quer...

Pétala caída,
Mal me quer...
Flor tão distraída,
Num jardim qualquer...
Jogo sem sentido,
Choro mudo,
Uma palavra sequer...
Colheita de ventos,
Despedidas...
Bem-me-quer...
Mal-me-quer...
Contando-se não e sim...

Segredo das flores,
Pura sorte...
Cores ...
 Vida...e morte
Última pétala por fim ...
(©by Adilson S. Silva)

domingo, 3 de julho de 2011

Mais ainda ...

O absurdo
Dos momentos temperados ao fel,
Do cair das nuvens
Cair do céu...
Sem tempo
Para nem mesmo uma dança,
Para dançar um bolero
Ao som de Ravel...

Hoje é um bom dia...
Tudo pode acontecer...
Não sei se insisto
E não vou-me embora,
Ou se desisto e deixo
A esperança reaparecer.

Sair, viajar por onde não fui,
Nesses dias meio assim
Ir a lugares aonde não vou,
Esses lugares... Sem nada meu...
Que só a mim me levasse...
Eu só. Eu de mim...
(©By Adilson S. Silva)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Solilóquio

Publicado no Utopia Ativa , agora  aqui

A minha cara não lhe mete medo,
Nem o face a face e o olhar,
Vem que não há segredos,
Existem mil motivos para lhe conquistar.
Tudo é tão transitório,
E não custa nada sonhar,
De uma maneira simplória,
A vida é experimentar.

Não há becos sem saídas,
É só sair por onde entrou
O coração assustado,
Que de repente se apaixonou.
(@by Adilson S. Silva)

Sobre a vida

(Um poema para reflexão)

A dor visita a alma.
Visita e vai embora,
O prazer é passageiro,
Fugaz e estranho,
Vem como uma onda,
Marola, cresce e passa,
Anda por onde a dor anda,
Disfarça a felicidade,
Impede que o amor nasça.

Seja aqui ou acolá,
Não adianta fugir,
O centro da vida
É onde a vida está.
(©by Adilson S. Silva)