Sempre há uma palavra
que fica por dizer
após uma morte:
A vida é um lugar incerto...
Toda palabra...
Hay siempre una palabra
que queda por decir
luego de una muerte:
La vida es un lugar incierto...
Adilson Shiva
Hoje, quisiera contar corais
Junto a ti…
Me faz falta tua presença,
carta marinha que perdi
desde que deixei meu cais…
Deseos…
Hoy, quisiera contar corales
Junto a ti…
Me hace falta tu presencia,
carta Marina que he perdido
desde que dejé mi muelle…
Adilson Shiva
O poema procura por palavras
que em algum momento você guardou
em um suspiro, entre luz e sombra,
a fragilidade de um amor separado
por um mar de distâncias…
Mar de distancias…
El poema busca por palavras,
que en algún momento guardaste
en un suspiro, entre la luz y la sombra,
la fragilidad de un amor separado
por un mar de distancias…
Adilson Shiva
Quer saber quando o sol vai nascer
ou o que faz a noite surgir?
Primeiro é preciso insistir,
em saber onde vive o amor...
Simple...
¿Quieres saber cuándo saldrá el sol
o lo qué hace la noche surgir?
Primero hay que insistir
en saber dónde vive el amor...
Adilson Shiva
Quando tua boca diante de mim
é simplesmente tua boca…
é afinal
o beijo que se ensaiou
para uma estátua sem esculpi-la.
Enigmas…
Cuando tu boca ante mí
es simplemente tu boca…
Es en fin
el beso que se ensayó
Para una estatua sin esculpirla.
Adilson Shiva
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Longas, solitárias, povoadas por coisas elementares,
que aprofundam essa distância "insalvável" entre nós…
Reflexiones…
En qué momento nos crecieron las noches?
Largas, solitarias, pobladas de cosas elementales,
que ahondan esa distancia insalvable entre nosotros…
Adilson Shiva
Você deixou para trás
uma letra órfã
tatuada en seu corpo,
silêncio do que foi
sua inquietude ou assombro...
Não que você não queira dizê-la,
é que na linguagem,
habitam seus ferozes desejos…
Letra de una carta de amor…
Dejaste a trás
una letra huérfana
tatuada en tu cuerpo,
silencio de lo que fue
tu inquietud o asombro…
No que no quieras decirla,
es que en el lenguaje,
Habitan tus feroces deseos…
Adilson Shiva
As palavras nos escrevem,
Nos habitam, nos amam,
Nos falam e nos calam,
E depois... nos abandonam.
Yo sé…
Las palabras nos escriben,
Nos habitan, nos aman,
Nos hablan y nos callan,
Y luego… nos abandonan.
(Adilson Shiva)
Uma noite bastaria para nos sentirmos eternos,
essas noites em que sobram palavras...
E por um momento, só por um momento
Eu gostaria de olhar pela janela e não ver
como a noite é devorada pelo dia...
Aún sobre el tiempo…
Una noche nos bastaría para sentirnos eternos,
esas noches en que nos sobran palabras…
Y por un momento, sólo por un momento
quisiera mirar por la ventana y no ver
cómo la noche es devorada por lo día…
Adilson Shiva
Este desassossego,
esta palavra detida nos meus lábios,
como se fosse uma voz que tivesse acabado de nascer,
como uma verdade que eu desconhecia...
Me afastou do saber de como contar estrelas…
É assim que o verbo sucumbe.
Desasosiego…
Este desasosiego,
esta palabra detenida en mis labios,
como si fuera una voz que acabara de nacer,
cómo una verdad que desconocía…
Me alejó del saber de como contar estrellas…
Es así que el verbo sucumbe.
Adilson Shiva
os meus não disserem mais:
meu coração te pertence ...
não seremos mais o que somos.
Parejas…
Cuando tus ojos al encontrar los míos
ya no digan: mi corazón te pertenece…
hayamos dejado de ser esto que somos.
Adilson Shiva
Não digas nada...
Tanto faz...
Se és mar aberto,
Baía ou enseada,
Porto de partida ou chegada,
Desatino, caminho ou caminhada...
Nau que se afasta ou se aproxima do cais,
Uma ausência, ou reencontro,
Mensagens em garrafas,
Que as ondas trazem,
Tanto fez, tanto faz..
Abraça-me agora
Abraça-me apenas...
Tanto...tanto...tanto...
E não digas nada...
Tanto faz...
Abrázame...
Abrázame ahora
No digas nada...
es igual...
Si eres mar abierto,
Bahía o ensenada,
puerto de partida o llegada,
Desatino, camino o caminada...
Embarcación que se aleja,
o se acerca del muelle,
Una ausencia, o reencuentro,
Mensajes en botellas,
Que las olas traen…
no importa ...es igual ...
Abrázame ahora,
Abrázame solamente...
Tanto...tanto...tanto...
Y no digas nada...
Es igual...
(Adilson Shiva)
Parece que foi ontem minha juventude
de pureza, inocência e de muitos desenganos.
Atravessei meus fantasmas sem rechaço.
Era necessário compreendê-los e
tratá-los com ternura .
Agora há um calor dentro de mim
que não é para essa noite,
senão para que saibas meu compromisso
com a vida.
Algum dia serei o motivo do segredo
do meu acontecimento…
Acontecimientos…
Parece que fue ayer mi juventud
de pureza, inocencia y muchos desengaños.
Atravesé mis fantasmas sin rechazo.
Era necesario comprenderlos y
tratarlos con ternura.
Ahora hay un calor adentro mío
que no es para esta noche,
sino para que sepas mi compromiso
con la vida.
Algún día seré motivo del secreto
De mí acontecimiento…
Adilson Shiva
Esta noite, em que não quero dormir
olho pelas janelas prenhas de memória.
Cheguei aqui por caminhos inventados,
itinerário casual dos encontros,
onde por anos eu estive,
Ali, guardado entre teus olhos…
Recuerdos…
Esta noche en que no quiero dormir,
Miro por ventanas preñas de memoria.
Llegué hasta aquí por camiños inventados,
itinerário casual de los encuentros,
donde durante años estuve,
allí, guardado entre tus ojos…
Adilson Shiva
A lentidão da vida que corre,
resquícios das manhãs
que despertam comigo,
a palidez do desencanto
de meu peito vazio,
razão de minha solidão…
Inviernos…
La lentitud de vida que corre,
restos de las mañanas
que despiertan conmigo,
palidez del desencanto
de mí pecho vacío,
razón de mi soledad…
Adilson Shiva
O que faremos quando nossa pele cansada
espalhe sua realidade sobre nossas vidas?
É necessário abandonar a noção de verdade
para voltar aos sonhos que dividíamos,
mesmo que não compreendamos a intensidade
de suas palavras…
Senderos…
Qué haremos cuando nuestra piel cansada
extienda su realidad sobre nuestras vidas?
Es necesario abandonar la noción de verdad
para volver a los sueños que repartíamos,
aún que no comprendamos la intensidad
de sus palabras…
Adilson Shiva
"Num breve espasmo de um minuto,
fizeste meu beijo eternamente triste,
o silêncio como nome
e o perfume a distância…"
Adilson Shiva
Não sei porque vivemos com tanto
dilúvio na alma.
Gostaria que tivéssemos tempo
para cuidar de hortênsias...
Mas onde não há luz nem tempo
escrevo, apesar de tanta morte,
como quem espera ser resgatado
deste mundo…
Hortensias…
No sé por qué vivimos con tanto
diluvio en el alma.
Ojalá tuviéramos tiempo
para cuidar de hortensias…
Pero donde no existe luz ni tiempo
escribo, a pesar de tanta muerte,
como quien espera ser rescatado
de este mundo…
Adilson Shiva
Há portais de silêncio,
pelos quais passam os beijos
extraviados do mundo,
que a umidade da sua boca
conhecia... e por isso
estamos todos tão tristes…
La razón desconoce…
Hay portales de silencio,
por donde pasan los besos
extraviados del mundo,
que la humedad de tu boca
conocía… y por eso
estamos todos tan tristes…
Adilson Shiva
Viajantes solitárias, morrendo
De carícias ausentes?
Não há paradeiro,
Esqueceram o caminho de regresso,
Navegando na errância do destino,
a efêmera existência no poema…
Acá , entre nosotros…
Qué lugar tienen las estrellas distantes,
viajeras solitarias, muriendo
¿de caricias ausentes?…
No hay paradero,
olvidaron el camino de regreso,
navegando en la errancia del destino,
la efímera existencia en el poema…
Adilson Shiva
