Seguidores

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Corsário navegante

Viajo pelo tempo,
Escapo na sombra fugaz.
Não há guia nem papel,
O destino,a vida faz,

Sou um corsário navegante
Do espaço sideral
Vim a esse mundo errante
Pela aurora boreal
Inverti as ondas dos rios
Chovi onde era estio
E do inverno fiz verão

E, por um instante
Tudo foi sobrenatural

(©By Adilson S. Silva)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Uma palavra...

Que seria do sol de inverno
Sem a tua alegria para iluminar?

Em ti ainda mora o sol
Que nasce todas as manhãs
Com o canto dos bem-te-vis,
A brisa leve e o cheiro do mar...

Em ti ainda vive auroras
E a resplandecência dos sorrisos matinais
De uma criança, que acorda sonhando
Com o beijo de ontem ou que nunca existiu...

Em ti reencontros nos desencontros,
Natureza de um amor perdido
Como coisa que se amou,
Mas que partiu...

Por uma palavra que nunca foi dita...

(©By Adilson S. Silva)

Outro dia!

A noite é enorme
E escreve minha finitude...
Tento resistir à imensidão da noite,
Mas o sono me consome...
E me acabo,
Sonhando com uma outra noite...

Viajo por entre estrelas e,
Conto estrelas por onde passo,
Num vôo rasante, vertiginoso,
Os bem-te-vis me acordam!
05h40min,
Outro dia!

(©By Adilson S. Silva)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Palavras – Segundo motivo...


Invento
Palavras que escorrem de mim,
Que me escapam por entre os dedos,
Como grãos que buscam a terra fértil,
Para germinar no teu coração

Essas palavras
Que fazem do amor seu brinquedo
Palavras que são de fogo,
Para aquecer-te nesse frio e chuva
Pura invenção, pura intenção

(©By Adilson S. Silva)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Partidas...


Nem é tarde nem é cedo
Para ver o que está por trás da porta!
Todas as mortes sentidas,
Realidade estranha
Que me toma , me rodeia e arrebanha
Em despedidas,
Minha alma já cansada
De andar lado a lado contigo...

Cruel acaso,
Partidas...

(©By Adilson S. Silva)

Urbani(Cidade)

Ando
Pelas ruas vazias de encantos,
Ouvindo a urgência das buzinas
E cenas que aos olhos causam espanto,
Essas vidas apressadas a cada esquina.

Anjos do apocalipse,
Cromados em fuligem e aço,
Mausoléus em aço e concreto
Arranham os céus, arranha-céus...
Ocupam todos os espaços...

E, pombos urbanos
Bicam migalhas na praça, indiferentes
À existência do mundo.
Urbano, humano?
Já não sei...

Atravesso
Ruas vazias de encantos,
Ouvindo a urgência das buzinas...

(©By Adilson S. Silva)

domingo, 8 de julho de 2012

O tempo... E o amor


O tempo pára num beijo,
Num suspiro de amor
Ou num orgasmo,

Meu bem...
Não se espante
E nem se encante
Com as coisas que lhe digo.

O amor é uma coisa frágil,
Aguça o desejo,
Esvai-se num desatino,
Às vezes rápido como um espasmo,
Outras, o dom do divino,
Ou desilusão e desencontros
Entre a rosa e o cravo...

Mas...
O tempo pára num beijo,
Num suspiro de amor
Ou num orgasmo.

(©By Adilson S. Silva)

sábado, 7 de julho de 2012

Velas brancas...


Entre lembranças
Dos beirais,
Coisas que deixei pra trás...
Entre o silencio
Do coração a pulsar,
Pensamentos banais...
Com o mar nos olhos,
Icei velas, deixei o cais
Por entre ventos a soprar...
Mares do sul,
Mares do norte
Ou de qualquer lugar,
Sigo sangrando
Esse mar de coisas
Que avança sobre mim...
Coração miúdo,
Cidade sumindo,
Velas brancas
Partindo...

Eu me lembro...

(©by Adilson S. Silva)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Âncora


(Marcas do português na lingua)


O mar, beleza azul de poucas ondas a cavalgar
Às vezes manso e imenso às vezes rebelde e tão próximo
A praia vazia cabe inteira no meu olhar no seu olhar.
Dois brincando de ondas, sorvendo as brumas e maresia.
Sento-me à sua frente sem desviar os olhos
E consigo enxergar na sua infinitude os sonhos,
Os desejos escondidos, a fúria da passagem
Do seu corpo entregue a um bobo valete,
O trem passou rumo ao porto,
A vida o deixa para trás no mais íntimo dos planos,
Sem encurtar as minhas distâncias
  
(©by Adilson S. Silva)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tardes cinzentas

Da janela lateral
O mar, a maresia
E as vagas ondas
De uma tarde cinzenta,
Sabor isopor,
Levando a poesia
E a imaginação
Dessas histórias
Que a gente inventa
E depois tenta esquecer.

O amor é pássaro
Cheirando a maresia,
Gaivotas ou pardais
Ou sei lá...
Eu bem te vi
Olhando ondas
Vagas de vagas horas,
Dessas tardes cinzentas
Que se alimentam
Do que não cri

(©By Adilson S. Silva)

sábado, 30 de junho de 2012

Alma...

Espelhos d´água
A refletir
Minha alma vermelha
Primitiva como a guerra,
Sob o Céu sem lua e estrelas
Ou mesmo essas tardes de chuva
E sem sol, por onde o arco-íris
Passou num lampejo...

Segue minh’alma
Dissimulada e muda,
Cálida, calma
Ou alucinada,
Qual a criação de Cervantes,
Vento, chuva...
E mais um pouco de mim
Refletido nas poças d'água,

Minha alma vermelha,
Primitiva como a guerra...

(©By Adilson S. Silva)

Sem palavras III

A noite segue calada
E a vida vai vazia,
Onde vai dar essa estrada?
Essa estrada deserta,
Esse caminho sombrio?

Dize, para onde foi o amor,
Para onde vais, o que procuras,
Se teus passos incertos
Pela noite tão escura,
Revelam teus desertos
E as mil faces da loucura?

Um assovio,
É o vento!
A noite segue calada
E o amor em desafio!

(©By Adilson S. Silva)